Os sistemas GNU/Linux e a sua “estranha” relação com os CAPTCHAs…

Para aqueles pouco familiarizados com a Tecnologia da Informação (e Segurança Cibernética), os CAPTCHAs (“Completely Automated Public Turing test to tell Computers and Humans Apart”, que traduzido para o português, significa “Teste de Turing Público Completamente Automatizado para diferenciar Computadores e Humanos”) são testes de segurança online usados para distinguir entre humanos e bots. São utilizados para proteger os sites em geral contra spam, ataques automatizados e outros tipos de atividades maliciosas…

O seu funcionamento se baseia no princípio de que é necessário estabelecer a interação humana, para resolver os desafios lógicos que eles propõem. Dentre os principais tipos de CAPTCHAs, estão os tradicionais que fazem o uso de textos (letras e números), assim como aqueles baseados em imagens. Os desafios vão desde a reconhecer a escrita apresentada (no qual digitamos o resultado em uma caixa de diálogo) a determinados padrões de imagem (como clicar naquelas sugeridas com base em uma descrição). Obviamente, os bots não conseguem interagir com os CAPTCHAs e resolver os seus desafios. Ao menos, por enquanto.

E o que eles têm a ver com o GNU/Linux? Por ser um fiel usuário desta classe de sistemas, tenho observado um comportamento diferenciado dos CAPTCHAs, em comparação com o uso do Microsoft Windows. Nas poucas vezes que utilizo este último sistema e faço a autenticação em sites que utilizam este recurso, muitas vezes não sou obrigado a resolver os desafios lógicos que eles propõem, bastando apenas clicar em uma check-box. Já durante o uso dos sistemas GNU/Linux, a situação é bem diferente: quase sempre, os CAPTCHAs exigem uma maior interação!

Pesquisando sobre estes eventos, aproveitei a oportunidade para consultar ao ChatGPT e como resultado, o chatbot da OpenAI informou que isto se dá em virtude do fato de que por esta classe de visitantes não ser tão comum o quanto os usuários do Windows, que por sua vez utilizam o sistema pré-definido com as suas configurações padrão e por isto, são mais facilmente rastreáveis. No final das contas, isto acaba levantando maiores suspeitas, o que acaba acarretando na utililização mais frequente dos CAPTCHAs, por questões de segurança.

Em geral, os linuxers são por natureza, usuários com bons conhecimentos técnicos e por isto, tendem a utilizar os recursos tecnológicos que lhes ofereçam maior proteção e privacidade, como navegadores WEB mais confiáveis (Firefox e Chromium), ferramentas diversas (VPNs, Tor ou DNS-over-HTTPS) e até mesmo compartilhamento de IPs, como é o caso de sistemas em VPS (servidores virtuais privados) ou redes compartilhadas (por exemplo, de redes universitárias ou corporativas). No geral, eles são tratados como usuários “menos confiáveis” do que os usuários “comuns”!

Interessante, não? Embora esteja um pouco “chateado” com o tratamento “diferenciado” dado para nós linuxers, confesso que concordo com estas práticas adotadas pelas empresas, para tornar os seus portais e serviços mais seguros. Inclusive, muitos hackers “não tão éticos”, assim como os usuários maliciosos e os criminosos digitais, tendem a preferir o uso do GNU/Linux como base para praticarem os seus atos ilícitos, já que esta classe de sistemas não só é mais segura por natureza, como também oferece uma série de ferramentas e recursos para isto, de forma integrada, como é o caso do Kali Linux e do Parrot OS.

Inclusive, também passarei a olhar “diferente” para os CAPTCHAs… &;-D

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