Expectativas e apreensões: o que esperar do futuro GNOME 40?

O ambiente gráfico GNOME é atualmente, um dos softwares livres mais importantes de todo o universo de sistemas operacionais Unix baseados em Linux/BSD. Responsável por entregar uma interface gráfica minimalista e consistente (Shell), que por sua vez oferece uma ótima usabilidade baseada em sua rígida diretiva Human Interface Guidelines (HIG), o GNOME baseia-se no conceito de que “menos é mais” e graças a ele, temos um ambiente que é capaz de rivalizar com o Windows e o macOS (ao menos em termos de produtividade)! Mesmo apesar das críticas do grande mestre Linus Torvalds

“It’s that time of the year again, when I take a first look at the new features and improvements of the next major release of the popular GNOME desktop environment, in this case GNOME 40. As you probably already know, the biggest change in the upcoming GNOME 40 desktop series, due for release in late March 2021 (that’s only a month and a half from the moment of writing), is the redesigned Activities Overview, the screen you see when clicking on the Activities icon on the panel in the left top corner.”

— by 9to5Linux.

Por isso, a cada nova versão (que para o meu desespero, sai a cada 6 meses), haverão sempre muitas expectativas e apreensões, no que concerne as mudanças estruturais. Especialmente, se tratando de uma versão especial: a 40! O novo GNOME trará mudanças no posicionamento dos elementos da interface, a qual deixará de utilizar a orientação em vertical adotar o horizontal, como o layout da Visão Geral de Atividades (Activities Overview), em que o seu dock deixará de ser posicionada na lateral para ser realocada na base da tela, ao passo que as áreas virtuais ficarão posicionadas no topo da tela. Neste aspecto, confesso que estou apreensivo quanto a esta mudança, pois acredito que em monitores widescreen, o posicionamento vertical “encaixa” melhor!

Dentre outras mudanças visuais importantes, em destaque: a exibição dos ícones de aplicações em execução, facilitando a identificação das telas em aberto; a possibilidade de reorganizar a grade de aplicativos usando o recurso de arrastar e soltar; a capacidade de visualizar o título completo de um aplicativo ao passar o mouse sobre o seu inicializador; o destacamento de elementos exibidos no painel superior, como ícones de atividades, extensões, mini-aplicativos (calendário), entre outros. Por fim, com a adoção da biblioteca gráfica GTK 4.0, os elementos da interface como os ícones, as janelas e as caixas de diálogos, terão o seu layout redesenhado, o que certamente irá tornar o seu visual mais bonito e bem mais moderno.

O Debian entrará em congelamento nestes próximos meses (para o lançamento da futura versão 11 “bullseye”) e por isto, não teremos acesso aos pacotes oficiais do novo GNOME 40. Para variar, até mesmo o Ubuntu não irá incluí-lo em seu próximo lançamento (21.04), já que as mudanças do novo ambiente gráfico serão consideráveis e existe o temor de não haver tempo suficiente para realizar os devidos testes. Então, resta-nos o Fedora Linux 34, já que esta distribuição tem como tradição dispor de softwares e tecnologias mais recentes do mercado e com o novo GNOME 40, não será diferente. Porém, se vai funcionar de forma estável e rendondinho, já são outros 500…

Resumindo: paciência! Em breve, o GNOME 40 estará entre nós… &;-D