… para o Linux & Software Livre! Há tempos, a Alemanha vem buscando a sua independência tecnológica, ao priorizar a adoção de soluções livre e de código aberto, no lugar das tradicionais soluções proprietárias. Estas, além de custarem uma fortuna em termos de licenciamentos, de subscrições e até mesmo de TCO (“Custo Total de Propriedade”), ainda trazem inconvenientes em relação a segurança e a privacidade, já que muitas empresas coletam dados dos seus usuários. E aos poucos, parece que o país vai se desvencilhando do software proprietário…
“Plans to go open-source were drawn up by Schleswig-Holstein as far back as 2017. In 2021, the state found another incentive to make the switch: Windows 11’s hardware requirements. A move to LibreOffice and other open-source programs had a deadline of 2026 – there was no date set for ditching Windows at the time. Last year brought news of a plan by the state to replace Windows with Linux and further expansion of LibreOffice, Open-Xchange, Nextcloud, and the Univention Active Directory (AD).”
— by TechSpot.
O estado de Schleswig‑Holstein, o mais ao norte da Alemanha, está prestes a eliminar o uso de softwares da Microsoft em sua infraestrutura governamental. Nos próximos meses, cerca de 30 mil servidores públicos o incluindo funcionários civis, juízes e policiais, deixarão de usar as tradicionais aplicações de escritório como Word, o Excel e o Outlook, além do Teams. A transição começou em 2023 e tem como meta a implementação total até o final do ano. Os 30 mil professores do estado farão a mudança nos anos seguintes.
O estado está substituindo as ferramentas da Microsoft por soluções de código aberto tradicionais, como é o caso do LibreOffice (para documentos e planilhas), do Open‑Xchange (para a gestão de e-mails), além de uma plataforma colaborativa de código aberto desenvolvida na Alemanha. Além disso, os sistemas operacionais dos computadores serão migrados do Windows para o GNU/Linux. Estas iniciativas, se baseiam em projetos pilotos iniciados desde 2021.
Eis, as principais razões que motivaram a mudança: a independência tecnológica, a redução de custos e a segurança. As licenças de software da Microsoft custam milhões de euros, enquanto as alternativas de código aberto podem gerar economias de dezenas de milhões ao longo do tempo. O estado também busca reduzir a dependência digital e geopolítica, destacando pressões antitruste da União Europeia, preocupações com privacidade de dados e lições aprendidas com a guerra na Ucrânia.
A iniciativa de Schleswig‑Holstein reflete uma tendência mais ampla na Europa em direção à soberania digital. Cidades da Dinamarca e a polícia francesa também estão seguindo caminhos semelhantes. A nova Lei de Interoperabilidade da UE também reforça esse movimento. No entanto, existem desafios: integrar diferentes sistemas, treinar servidores e evitar erros do passado – como o caso de Munique, que abandonou seu projeto de Linux (LiMux) em 2017 – exigirá um planejamento mais cuidadoso.
Já no Brasil, as coisas continuarão sempre do jeito que foram… &;-D